21/02/2025
A atividade física desempenha um papel fundamental no desempenho acadêmico das crianças e adolescentes. Estudos mostram que a prática regular de exercícios estimula o cérebro, melhora a concentração, fortalece a memória e contribui para o equilíbrio emocional. Esses fatores são essenciais para o aprendizado e podem impactar diretamente o rendimento escolar.
Movimentar-se não é apenas uma questão de saúde, mas também de desenvolvimento cognitivo. Desde a infância, o ato de correr, pular e brincar estimula habilidades motoras e cognitivas, criando conexões neurais que facilitam a compreensão de conceitos escolares. Crianças que se exercitam regularmente apresentam melhor capacidade de atenção, o que reflete diretamente na leitura, na escrita e no raciocínio lógico. Atividades aeróbicas, como natação e corrida, aumentam a oxigenação do cérebro e promovem uma maior eficiência na absorção e retenção de informações.
A relação entre movimento e aprendizado é evidente em várias etapas do desenvolvimento infantil. No processo de alfabetização, por exemplo, habilidades como lateralidade e coordenação espacial ajudam na diferenciação de letras e palavras. Já em disciplinas como matemática, a prática de esportes que exigem estratégia e raciocínio rápido contribui para o desenvolvimento do pensamento lógico. "A atividade física cria um ambiente propício para o aprendizado ao estimular o cérebro de forma natural e prazerosa", afirma Angela Ledo, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Villa-Lobos, de São Bernardo do Campo (SP).
Além dos benefícios cognitivos, o impacto emocional da atividade física também merece destaque. Exercícios estimulam a produção de endorfina, reduzindo o estresse e a ansiedade. Crianças que praticam esportes regularmente tendem a apresentar maior autoconfiança, disciplina e resiliência diante dos desafios escolares. O trabalho em equipe, presente em modalidades coletivas como futebol e basquete, desenvolve a socialização e a cooperação, habilidades fundamentais para o ambiente escolar.
O sedentarismo, por outro lado, pode comprometer o desempenho acadêmico. O aumento do tempo em frente às telas, especialmente após a pandemia, tornou o desafio ainda maior. O excesso de horas em dispositivos eletrônicos pode prejudicar a postura, a qualidade do sono e a capacidade de concentração. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças devem passar, no máximo, duas horas diárias diante das telas e intercalar momentos de movimento para evitar os impactos negativos do sedentarismo.
Para que a atividade física se torne um hábito, é essencial que a criança se envolva com uma prática que lhe traga prazer. "O incentivo dos pais e da escola é fundamental para que a atividade física faça parte da rotina das crianças de maneira natural", acrescenta Angela Ledo. A escolha da modalidade deve levar em conta o perfil de cada aluno, priorizando o bem-estar e o desenvolvimento integral.
Incorporar a atividade física no dia a dia dos estudantes não apenas fortalece a saúde, mas também amplia sua capacidade de aprendizado. Criar uma rotina equilibrada, combinando exercícios, sono de qualidade e alimentação saudável, é um passo essencial para o sucesso acadêmico. Para saber mais sobre atividade física, visite
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-exercitar/noticias/2022/qual-e-a-relacao-entre-a-atividade-fisica-e-o-desempenho-escolar