30/04/2025
Mães que conciliam trabalho e educação dos filhos enfrentam diariamente um desafio complexo: equilibrar a rotina profissional com as exigências da vida familiar sem comprometer a própria saúde emocional. O nascimento de uma criança altera prioridades, reorganiza horários e transforma a dinâmica da casa. Ainda assim, muitas mulheres seguem acumulando funções, tentando atender com excelência aos dois mundos.
As cobranças, internas e externas, são intensas. No ambiente profissional, ainda persiste a visão de que a maternidade atrasa o desenvolvimento da carreira. Já em casa, a sociedade continua atribuindo majoritariamente às mulheres a responsabilidade pelo cuidado com os filhos. Dados recentes mostram que a sobrecarga materna continua alarmante: muitas mães chegam a dedicar mais de oito horas por dia à rotina familiar, mesmo quando trabalham fora.
Esse acúmulo de funções gera impacto direto na saúde emocional e na autoestima das mulheres. A culpa é uma presença constante — seja por não acompanhar uma atividade escolar ou por perder uma reunião no trabalho. Esse conflito interno pode gerar frustração, ansiedade e uma sensação de insuficiência permanente.
“Quando a maternidade entra na equação, a vida profissional e familiar passa a exigir reorganização, mas não precisa significar exclusão de uma ou outra parte. Com apoio, é possível conciliar os dois”, reforça Angela Ledo, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Villa-Lobos, de São Bernardo do Campo (SP). A presença de redes de apoio e a escuta empática são fundamentais nesse processo.
A escola pode — e deve — ser uma dessas redes. Ao estabelecer um canal de comunicação próximo e respeitoso com as famílias, a instituição ajuda a aliviar a pressão sobre as mães. Horários acessíveis, disponibilidade para escuta, atenção às demandas específicas e empatia com os desafios da maternidade fazem diferença. Quando a escola valoriza essa relação e reconhece o esforço das mães, contribui para a construção de vínculos mais saudáveis.
Dentro de casa, o diálogo entre os parceiros também precisa evoluir. A divisão justa das tarefas e a responsabilidade compartilhada pela criação dos filhos são atitudes que favorecem o equilíbrio. Além disso, é importante que as mães encontrem tempo para si mesmas, mesmo que em pequenos momentos. Manter contato com amigas, participar de grupos de apoio ou buscar ajuda profissional são formas eficazes de preservar o bem-estar.
A maternidade transforma, mas também fortalece. Habilidades como resiliência, gestão do tempo, empatia e liderança são potencializadas nesse processo e podem ser aplicadas com sucesso na vida profissional. O segredo está em compreender que não existe fórmula ideal — apenas caminhos possíveis, construídos dia após dia, com compreensão, parceria e coragem. Para saber mais sobre equilíbrio entre carreira, maternidade e educação, visite https://rhpravoce.com.br/colab/maternidade-e-carreira-desafios-e-possibilidades e https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/maternidade-e-carreira-a-busca-pelo-equilibrio/