23/08/2024
A hiperatividade infantil é uma condição que pode apresentar desafios significativos tanto para as crianças quanto para suas famílias e educadores. Identificar essa condição logo cedo é fundamental para proporcionar o suporte necessário e evitar que o comportamento agitado prejudique o desenvolvimento social e acadêmico da criança.
A hiperatividade é caracterizada por uma energia aparentemente inesgotável, acompanhada de impulsividade e dificuldade em manter a atenção. Esses comportamentos vão além da simples agitação comum em crianças pequenas, sendo persistentes e presentes em diferentes ambientes, como em casa e na escola. De acordo com Angela Ledo, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Villa-Lobos, de São Bernardo do Campo (SP), “é essencial que os pais estejam atentos aos sinais de hiperatividade, pois o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no desenvolvimento da criança”.
Entre os sinais mais comuns da hiperatividade estão a dificuldade em se concentrar em atividades que exigem foco, como tarefas escolares, e a tendência de se distrair facilmente com estímulos do ambiente. Crianças hiperativas costumam ter problemas em permanecer sentadas por longos períodos, o que pode ser confundido com desobediência ou falta de disciplina. Contudo, é importante reconhecer que essas atitudes são involuntárias e fazem parte da condição.
Outro aspecto a ser observado é o comportamento impulsivo, onde a criança age sem pensar nas consequências. Isso pode se manifestar em respostas precipitadas, interrupções constantes durante conversas e até em comportamentos agressivos quando frustradas. Esse impulso de agir rapidamente sem considerar os resultados é uma das principais características que distinguem a hiperatividade de uma simples energia infantil.
A identificação correta da hiperatividade requer observação contínua e, muitas vezes, a consulta com especialistas. Para um diagnóstico preciso, é necessário que os sintomas sejam consistentes e prejudiquem o desempenho da criança em diversas áreas de sua vida. “A colaboração entre pais, professores e profissionais de saúde é crucial para compreender as necessidades específicas de cada criança e buscar as melhores estratégias de apoio”, destaca Angela Ledo.
O tratamento da hiperatividade geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir terapias comportamentais, intervenções educacionais e, em alguns casos, o uso de medicação. A terapia comportamental, por exemplo, ajuda a criança a desenvolver habilidades de autocontrole e a entender como lidar melhor com suas emoções e ações impulsivas. Além disso, é importante criar uma rotina estruturada, que ofereça previsibilidade e segurança para a criança, auxiliando na redução da ansiedade e da agitação.
Os pais desempenham um papel vital nesse processo, proporcionando um ambiente acolhedor e compreensivo. Estimular atividades que demandem concentração, como jogos e leituras, pode ser benéfico, assim como incentivar a prática de atividades físicas ao ar livre, que ajudam a canalizar a energia de maneira saudável.
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